O NASCIMENTO DO ZENDÔ SURF
Convidada por amigos, quase numa brincadeira, a Monja Isshin foi "surfar" pela primeira vez aos 59 anos de idade. Uns meses depois, sem qualquer pretensão, escreveu um artigo para o seu
blog, recontando a experiência e as suas reflexões. Alguns surfistas leram o artigo da Monja e convidaram ela para visitar Wavetoon. Assim, renasceu uma afinidade muita antiga – o Zen e o Surfe. Para investigar, compreender e cultivar esta afinidade, iniciamos o projeto "Zendô Surfe".

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O que é Zen?


Historicamente, o Budismo originou-se com os ensinamentos de Siddhartha. Por volta de 500 A.C. Ele era um príncipe na região que agora é o Nepal Índia. Aos 29 anos de idade, profundamente incomodado pelo sofrimento que viu em sua volta, renunciou a sua vida privilegiada e se juntou aos ascéticos para buscar a compreensão. Tornou-se conhecido como o Buddha (que significa “que está despertando”). Em resumo, compreendeu que o sofrimento existe, é causado pela avidez, pode ser extinguido e o caminho para o fim do sofrimento (nirvana) é o caminho iluminado. O Zen começa no sul da China (470-475 AC) com um monge buddhista da Ásia Central chamado Bodhidharma. Este monje interessou-se pelo estudo da Mente, tanto sua natureza absoluta, quanto sua natureza evoluída (o que a mente realmente é e o que a mente pode se tornar). O que é o Zen? Esta pergunta basicamente indaga: “Qual é a natureza fundamental da Mente?” Esta pergunta parece de várias maneiras na lituratura Zen. “O som de uma mão aplaudindo.” A pergunta penetra a essência da questão e só pode ser respondida através de um lampejo de intuição na qual a da Mente é percebida como a base da existência. Paradoxalmente, o Zen é o cultivo do não-cultivo, reconhecendo que precisamos somente remover a ilusão da não-iluminação para nos tornamos iluminados. Um dos pontos centrais do Zen é a compreensão intuitiva. Quando chegamos a compreender a natureza fundamental da Mente, o Zen se torna super-lógico. Pelo outro lado, quando tentamos examinar a natureza da Mente através das emoções, dor-egoíca, imagens mentais e idéias discursivas baseadas nas percepções sensoriais, o Zen parece bobagem. Uma vez que tudo surge da Mente, a Mente não pode ser apreendida por meio de suas criações, porque estas não são tão perfeitas quanto a Mente própria. Pelo outro lado, unindo-se diretamente com a Mente, tudo, exatamente do jeito que é, passa a fazer sentido perfeito na medida que que surge da Mente. Assim, todas as coisas revelam a função pura da Mente Buddha.

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